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Vakeripen
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Culinária Cigana
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Traje Cigano
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Poesia Cigana
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Carta de  “Agradecimento”  à Imprensa Brasileira

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Acampamento cigano incendiado
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O "Kris Romani" (Tribunal Cigano)
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Os "Vurdon", (Vagões Ciganos)
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Origem dos Ciganos (Romani)
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Romani Historjia

 

 

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Entendendo a diferença entre casta e classe social

Exemplo, quem nasce no Brasil, que é considerada uma sociedade liberal, vive em um sistema social que é dividido entre classes. E isto permite que alguém que tenha nascido dentro da classe baixa possa ascender à classe alta. Contudo, no sistema de castas que ainda ocorre na Índia, aquele que nasce em uma casta inferior não tem mobilidade e morre na mesma. Pois trabalho e riqueza não são parâmetros e sim os critérios de natureza hereditária e religiosa é que formam os grupos sociais.

Em outras palavras o sistema de casta é um sistema social hereditário, endógamo ( casam-se com os da mesma casta) , além de ser fundamental a mesma profissão, hábitos alimentares, vestuário e comportamento social.
O que torna a sociedade de castas estática, sem mobilidade.

Foi o Hinduismo que criou a divisão da sociedade indiana em castas.
As castas são definidas de acordo com a posição social que determinadas famílias ocupam. Estabelecendo assim uma hierarquia social caracterizada por privilégios e deveres.

Atualmente, existem milhares de castas distintas na Índia.
Esse sistema tem como principal característica a segregação social, determinando a função das pessoas dentro da sociedade indiana. Tal segregação resulta na desigualdade social. Esta, que é explicada pelo fato de um indivíduo não poder ascender para uma casta superior.
Apesar do governo não admitir, pois afirma que a lei proíbe a divisão social em castas, na prática a verdade é que esse sistema está presente em toda a sociedade.

O regime de castas vigora a mais de 2600 anos. E isso se deu quando os arianos (invasores) foram diferenciados dos habitantes mais antigos (que possuíam a pele mais escura) pelo termo “varna” que em sânscrito significa cor. A partir daí os “varna” foram socialmente ordenados de acordo com cada uma das partes do corpo de Brahma, Deus maior da religião Hindu.

No topo do poder temos: os brahmanes ( sacerdotes, professores e filósofos) que se autodenominaram a boca de Deus;
Logo abaixo os kshatriyas (políticos e militares) que se autodenominaram os braços de Deus;
Abaixo os vayshias (agricultores e comerciantes) que se autodenominaram as coxas e pernas de Deus;
Abaixo os shudras (camponeses, operários e artesãos) que se autodenominaram os pés de Deus;
Abaixo os dalit e ou pariahs ( os que realizavam trabalhos desprezíveis, como a limpeza de esgotos, o recolhimento do lixo e o funeral dos mortos – que após o êxodo passaram a ser denominados como ciganos) que eram denominados pelos membros de outras castas como “o pó debaixo dos pés de Deus”.

 

Vakeripen

Na maioria das comunidades tradicionais ciganas, encontrava-se uma forma de tradição oral que possuía varias formas e funções:
- as histórias sobre aparição de mortos da comunidade;
- as histórias sobre antepassados;
- as histórias sobre personagens lendários e mitos;
- as histórias do dia-a-dia analisando o comportamento do indivíduo dentro da comunidade;
E era assim que acontecia no decorrer de séculos e séculos. Através da pratica da “vakeripen” todas as informações, pedagogia, valores eram passadas dentro da comunidade e filtradas por intermédio da “romanipen” (identidade cigana). Pratica que se encontra quase em extinção pelo fator da inevitável aculturação das minorias étnicas.

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Culinária Cigana

Na tradição cigana, as questões mais importantes sempre foram abordadas e decididas ao redor ou próximo ao fogo (fogueira, fogão de lenha ou mesmo na cozinha). Isso demonstra a importância da própria culinária tradicional quase que na totalidade dos grupos. As questões de família, tais como brigas ou mesmo o contrato de casamento sempre foram realizados no ambiente da culinária. Em alguns grupos com a necessária presença do chá de frutas, entre outros o café em grãos forte e sem açúcar e o vinho entre os sinti-manush. E isto faz parte integrante da culinária cigana, porque compartilhar o alimento e a bebida é uma expressão de amizade muito forte em todos os grupos.

Saiba mais no livro Kherutni Xabe - Culinária tradicional cigana

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Traje Cigano

Na atualidade os jovens ciganos querem se vestir como seus amigos não ciganos, da escola ou vizinhos de rua. De modo que se torna quase impossível distinguir um cigano pela sua vestimenta. Hoje o que comanda é a marca da roupa e isso é uma prova da globalização: vemos japonês, africano, brasileiro, cigano etc  usando a mesma marca. E portanto, sem diferença no traje.
Apenas aqui no Brasil fala-se de traje cigano tradicional envolvendo lenço de cetim na cabeça, predominância de vermelho, colete, saias de cetim , enfeites de moedinhas etc...Na verdade nunca houve um traje típico cigano. O que existiu era a forma tradicional de determinados grupos ciganos com relação à vestimenta. Mas mesmo essa forma tradicional encontrada em determinados grupos, nada mais era do que a influência na vestimenta adquirida em cada uma das mais diversas nacionalidades pelas quais passamos ou tenhamos nascido.

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Poesia Cigana

A poesia cigana é um verso sem sílabas contadas, sem métrica, palavras pronunciadas em um ritmo rápido ou lento, triste ou feliz, mas geralmente caracterizadas pela liberdade de palavras ditas pelo sentimento.
Aqui apresentamos a carta que Águeda Jimenez queria escrever para seu filho Ricardo, e nunca pôde, porque Águeda era analfabeta. Assim a carta foi escrita por Marisol.

Carta a um filho morto

Querido filho Ricardo:
Esta é uma carta que nunca poderás ler, porque tu já não estás entre nós, e eu não sei escrever. Você se foi e eu não tenho consolo.
Aquela última tarde que passamos juntos! Como tu estavas magro!
Apenas tinhas pele e ossos! A febre fazia com que teus olhos brilhassem tal qual quando tu eras um menino.
Quando tu eras pequeno...
Te vi correr descalço debaixo da chuva e fazer salpicar a água empossada.
Como rias! E de repente enrolado em volta do fogo ficava dormindo em meus braços.
Recordo que nunca te perdia de vista a ti e a teus irmãos, pressentia que apendas quando vocês estavam perto de mim nada de mal poderia acontecer.
Um dia ao te olhar, me dei conta de que tu já eras um homem, mas os teus olhos não deixaram de brilhar, pareciam cada dia mais profundos em teu rosto.
Veio um cavalo e sem pensar tu subiste em seu lombo e empreendeu uma louca carreira, e sempre a teu lado a “maldita dama branca”.
Maldita e mil vezes maldita! Ofereceu-te paraísos, promessas de felicidade e liberdade, enquanto ia te colocando dentro da prisão.
Tu estavas casado e chegaram os filhos, a ti, nós já havíamos perdido, agora a “maldita dama branca” havia retirado seu disfarce e se apresentava como uma “velha desdentada e cheia de ossos”, presa aos cadeados com os quais havia lhe rodeado.
O que importava que os gazhe (não ciganos) fizeram-te prisioneiro, se ela havia tirado tu de nosso meio, tirado tua saúde, tua liberdade e tua família.
Vejo-te agora como te vi na última vez naquele casebre, sentado em uma cadeira de rodas. Ao teu redor a “velha desdentada” ria, sabia que tinha a ti entre suas garras e que não te soltaria. Mas ao ganhar-te já havia te perdido. Por fim estavas livre outra vez, e nada e nem ninguém poderia causar-te danos e viverás para sempre na recordação que tenho de teus olhos.

Tua mãe que te ama

Águeda

Ricardo morreu pelo uso de heroína, deixando a tristeza que corrói a alma;

 

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Carta de  “Agradecimento”  à Imprensa Brasileira

 

A Embaixada Cigana do Brasil – Phralipen Romane - agradece a não publicação de matérias como as que não foram feitas pelo " DIA NACIONAL DO CIGANO".

Acreditamos que, com a falta de publicações como essas, tanto por parte da Imprensa Nacional do governo como também da mídia, possamos sofrer maior generalização, preconceito e discriminação na Sociedade.

Sim somos gratos pela invisibilidade social, com a qual a Imprensa brasileira nos trata.
A invisibilidade social é um conceito que foi criado para designar pessoas que ficam “invisíveis socialmente”, neste caso por completa indiferença da Imprensa brasileira.

Esta indiferença tem origem no estigma do preconceito, das generalizações e em grande parte por completa ignorância dos meios jornalísticos a respeito do que seja verdadeiramente a etnia cigana.

Os fatores que levam a uma invisibilidade são bastante amplos, mas no caso da etnia cigana tem a ver com fatores culturais. Para aqueles que praticam a indiferença, como neste caso da Imprensa Brasileira, não há problema.  Mas para nós que sofremos essa agressão representa uma constante humilhação.

O cigano se olha no espelho social e não vê seu reflexo.
Tudo, menos ele, aparece na fria e vitrificada superfície.
E dessa forma, o cigano aprende, com um terror silencioso, a ver a si mesmo sem reflexos sociais; ou pior, quando os vê são reflexos genéricos, preconceituosos e discriminadores.
E não adianta quebrar o estúpido espelho social, feito de cristal, que não reflete nossa imagem!
Pois, nós, ciganos, não somos o que temos; mas temos orgulho de sermos o que somos.

Nicolas Ramanush
24/05 de todos os anos!

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Acampamento cigano incendiado

OH, MEU SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO ROGAI POR NÓS BRASILEIROS CIGANOS E NÃO CIGANOS BRASILEIROS!

Às margens do rio Traripe viveram os primeiros colonizadores, no local um incidente trágico causou a morte de um jesuíta, o que fez os moradores se deslocarem para um local próximo, onde construíram uma capela para Santo Amaro. Neste ponto desenvolveu-se a cidade. Em 1837 transforma-se em cidade, com o nome oficial de Leal Cidade de Santo Amaro, hoje Santo Amaro ou como muitos falam Santo Amaro da Purificação.
O preconceito e a intolerância estão fundamentados na insegurança e no medo. A falta de ação do governo federal faz dos Estados, pequenas “ilhas” rodeadas por um mar de insegurança e medo. Mas todos nós brasileiros, de etnia cigana ou não, não somos iguais a “Robson Crusoé” desterrados em uma “ilha” cuja principal atividade seja manter nossa sobrevivência. Ciganos e não ciganos do Brasil são brasileiros! E devemos viver em sociedade. E viver em sociedade implica em entrar em contato com mentes que pensam de forma diferente e em alguns casos portadoras de valores étnicos diferenciados. Obviamente que essa relação social gera as contradições e os inevitáveis choques culturais. E é justamente nesse momento que devemos praticar a tolerância que nada mais representa do que o respeito para com os valores alheios. Diante do lamentável fato ocorrido em 03 de junho 2012 quando cerca de 600 pessoas atearam fogo em um acampamento por “retaliação” à morte de um não cigano, fazendo com que crianças, idosos e mulheres brasileiros de etnia cigana tivessem que abandonar suas casas (tendas) para não morrerem queimados, devemos nos lembrar de Voltaire, “ Não concordo com nada do que você diz, mas defenderei o seu direito de dizê-lo até o fim”. Esse pensamento e atitude são primordiais para garantir o respeito que devemos ter para com nossos semelhantes. E respeitar não significa nos silenciarmos diante dos conflitos. E Voltaire não disse: “ Não concordo com nada do que você faz, mas defenderei o seu direito de fazê-lo”.
A problemática na equação dessas necessidades com relação ao respeito aos nossos semelhantes reside no seguinte fato: um sábio pode se colocar no lugar de um ignorante, mas um ignorante não tem como se colocar no lugar do sábio, porque lhe faltam condições para bem avaliar o que é a sabedoria. Em outras palavras: O Governo Federal não desenvolve políticas efetivas nesse sentido, apenas cumpre agendas de apelo internacional, através da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade; e a Imprensa brasileira continua generalizadora e discriminatória, pois, no último dia 24 de maio Dia Nacional do Cigano não houve espaço significativo para a data, mas quando se trata de disseminar a insegurança e o medo o espaço está garantido como manchete.
No século XVIII, Voltaire, em seu Dicionário Filosófico, se perguntava: “O que é a intolerância?” E, respondia: “É um dom da humanidade. Estamos todos insensíveis pelas nossas debilidades e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices, é a primeira lei da natureza”.

A liberdade dessas pessoas que atearam fogo nas casas (tendas) dos ciganos de Santo Amaro da Purificação reside na permissividade de todas as formas de poder dessa cidade, indo desde a permissividade do poder policial ao silêncio dos poderes ideológicos. Resta-nos rezar e pedir ao Santo Amaro da Purificação que amanhã ou depois, se um favelado envolvido em uma desinteligência tirar a vida de alguém, os “cidadãos” da região não toquem fogo em toda a Favela em forma de retaliação.
A liberdade não é para qualquer um, muito menos para aqueles que não conseguem dominar os seus caprichos. Não se consegue ser livre quando se é fraco. A liberdade é dom exclusivo dos homens de têmpera, que sabem discernir o que exige a justiça e o bem-estar dos outros e livremente se dispõem a executá-lo (Dosoiewsky).

Nicolas Ramanush
presidente Embaixada Cigana do Brasil – Phralipen Romane
cópias desta nota de repúdio foram enviadas aos órgãos governamentais ligados a esta questão

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O “Kris Romani” ( Tribunal Cigano)

O “Kris Romani” é reunido para julgar apenas em casos importantes e significativos, de modo geral, 4 a 5 vezes por ano dentro de uma comunidade cigana.
Os processos são sempre públicos (para a comunidade cigana) e podem ter lugar sob o céu (por exemplo, em um quintal, em um sítio ou chácara etc) ou dentro de casa, mais raramente.
Os membros da corte (sempre homens idosos) sentam-se em círculo na terra, ou em uma mesa.
Em primeiro lugar, o demandante abre um xale preto no chão e coloca um ícone sobre ele (geralmente cada homem cigano do grupo Olah - ciganos da Hungria, dos subgrupos: Lovara, Calderash e Churara – possui um ícone de um santo protetor). Em seguida, ajoelhando-se diante do xale preto e colocando os dedos, médio e indicador, de sua mão esquerda sobre seu coração, e médio e indicador de sua mão direita sobre o ícone, fazendo um juramento.
Em alguns grupos, também acendem duas velas nas bordas do xale preto ou  colocam um balde de água e uma corrente de ferro sobre o xale preto enquanto dizem: “que meu espírito seja tão puro quanto a água neste balde e que eu seja preso nesta corrente, por toda a minha vida, se eu não disser a verdade.
O xale preto significa o seguinte: eu posso entrar em luto se eu não disser a verdade. O processo demanda, em média, 12 horas, e a decisão do “Kris Romani” é irrecorrível.
O “Kris Romani” serve como um fórum de resolução de conflitos da comunidade e tem uma influência marcante também na vida cotidiana; uma vez que faz a 'Kristi' em qualquer conflito tais como: indenização de dívida entre amigos ou familiares, assuntos relacionados às mulheres tais como fuga ou banimento, falta de comprometimento com a palavra empenhada etc.
As decisões proferidas pelo “Kris Romani” são aceitas automaticamente e plenamente respeitadas. E isso acontece porque os idosos que não compõem a corte do “Kris Romani” reúnem-se com as famílias envolvidas para tentar uma conciliação entre as partes. E se essa tentativa falhar, eles convocarão o tribunal, as partes litigantes e um membro para atuar como juiz.
No início do processo prestam um juramento, chamado 'Solax', no qual prometem não comer ou beber até que se chegue a uma decisão.
Hoje, a participação das mulheres é permitida, apenas como ouvintes. Tudo se processa em língua Romani e os envolvidos no processo têm como objetivo principal, persuadir a corte através do emocional.

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Os “Vurdon” (Vagões Ciganos)

Originalmente os “Romanichal” (ciganos britânicos) viajavam a pé, ou com carroças puxadas por cavalos, sobre as quais dobravam galhos flexíveis, em forma de meio circulo, onde prendiam uma cobertura impermeável. Nem todos os grupos se deslocavam dessa forma, sendo que muitos nunca andaram de “vurdon”. Mas os “Romanichal” e os “Sinti-Manush” tornaram-se exímios fabricantes dos “vurdon”.

O grupo de ciganos “Romanichal” chegou às ilhas britânicas em 1500 d.C, mas somente iniciaram as caravanas (a vida dentro dos “vurdon”) em 1850.
Os vagões foram utilizados pela primeira vez como forma de alojamento, na França em 1810 por ciganos “Sinti-Manush”  que trabalhavam como circenses.
Estes vagões foram chamados de "vardo" na língua “Romani” (originário da palavra “vurdon” do iraniano).  Não há símbolo “Romani” (Cigano) mais emblemático ou reconhecível do que um “vurdon” utilizado ainda hoje por ciganos do grupo “Romanichal”.

 A construção de um “vurdon” levava entre seis meses a um ano e podia ser feito de uma variedade de madeiras incluindo carvalho, freixo, olmo cedro e pinho na sua construção.  Existem seis tipos de “vurdon” que diferem na forma, tamanho, posicionamento das rodas, da cobertura etc. Vejamos como eles eram construídos:

 Vurdon Burton
Originalmente o vagão Burton possuía rodas pequenas, que não era adequado para utilização fora da estrada. Possuía esse nome, pelo fato de ter sido construído na cidade de Burton, na província de British Columbia.

Vurdon Vassoura
O vagão vassoura tinha características distintas: uma meia-porta com persianas de vidro, localizada na parte de trás, e não tinha claraboia no telhado. O exterior era equipado com prateleiras que permitiam ao cigano transportar itens comerciais, como vassouras, escovas, cadeiras de vime e cestas. Que eram vendidas em cada cidade pela qual passasse.

Vurdon Reading
Ele data de 1870 e leva esse nome, pois é o nome do construtor “Dauton and Sons of Reading”. Este foi altamente valorizado pelos ciganos pela sua concepção estética, beleza e praticidade para cruzar lugares rasos dos rios, e terrenos acidentados. O vurdon Reading tinha quase 3 ½ metros de comprimento, uma varanda na frente e nos fundos. As rodas traseiras de 18 polegadas maiores do que as da frente. E possuía cabeças de leão e gárgulas esculpidas nos acabamentos e pintadas com pó de ouro.

 Vurdon Elevado
O desenho característico de ampla extremidade fazia com que esse vurdon fosse chamado de casa de campo. Pois tinha uma estrutura mais robusta, com sala de estar, teto abobadado, 4 metros de altura, varandas em cada extremidade. Sendo que o telhado da varanda era apoiado em suportes de ferro e as paredes altamente ornamentadas com arabescos e esculturas.

Vurdon Frente Alta
Construído com base na concepção do “vurdon elevado”, este era significativamente mais leve e menos propenso a virar com um vento forte. O projeto incorporou uma capota de lona leve, apoiado por uma estrutura de madeira (esta pintada com tinta verde, para ser menos perceptível na floresta).

Vurdon Muito Aberto
Quase idêntico em tamanho e construção ao vurdon frente alta, este contava com o mesmo desenho, mas com uma cortina no lugar da porta de outros vagões. A entrada do vagão era coberta apenas por uma cortina de pano

A decoração dos vurdon
Os vurdon eram decorados por entalhes feitos à mão e ricamente pintados com símbolos tradicionais ciganos, tais como incluindo cavalos, pássaros, leões, flores, e aplicação de latonagem em folhas de ouro.

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Origem dos Ciganos (Romani)

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